Versão 1.0
Em 1826,
Seebeck observou que aquecendo-se a junção de um circuito fechado, feito de
dois metais diferentes (por exemplo antimônio e bismuto), ocorria um fluxo de corrente
elétrica. A explicação desse fenômeno escapa aos objetivos desta publicação,
mas suas propriedades básicas são as seguintes: l) o fluxo da corrente é sempre
o mesmo para qualquer diferença de temperatura constante desde que os metais
sejam os mesmos; 2) o fluxo da corrente e assim a voltagem disponível é proporcional
à diferença de temperatura entre as junções; e 3) se várias junções forem dispostas
em série, as voltagens se adicionam.
A segunda
propriedade é empregada na medição de temperatura em lugares inacessíveis, e é
uma das mais úteis. Um termopar é um circuito fechado de dois metais, tais como
cobre-constantã, cujas junções estão dispostas, uma no objeto a ser medido e
outra a uma temperatura de referência conhecida, geralmente 0°C, com um banho de
gelo fundido. Medindo-se a diferença de potencial entre as junções, encontra-se
a temperatura do objeto.
O efeito de Peltier é o corolário desse fenômeno.
Quando uma corrente atravessa um circuito fechado, formado por dois trechos de
metais diferentes, uma das junções torna-se mais fria e a outra, mais quente.
Esse efeito pode ser anulado pelo aquecimento normal de uma corrente que passa
por um fio, a menos que grandes números de junções estejam termicamente
dispostas em paralelo.
Seu emprego é
limitado à pequena refrigeração e aos equipamentos de ar condicionado. Uma
aplicação útil consiste em colocar uma junção de referência a 0°C, em um
termopar. Quando a água se resfria e há a formação de gelo, a expansão em
volume do líquido aí contido interrompe o processo, ativando o microinterruptor
e, à medida que o líquido se contrai pelo aquecimento, o interruptor se fecha e
o resfriamento recomeça.
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